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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Liderança para o século XXI (Parte I - Novidades empoeiradas)

          Muitas vezes pergunta-se para entrevistados ligados ao mundo corporativo, quais os desafios da liderança para o século XXI. Neste artigo iremos detalhar porque de certa forma não existe um resposta correta para esta pergunta.


ABAIXO AS FÓRMULAS PRONTAS!

          Então uma resposta elegante e definitiva costuma ser dada, como aquele estilista que estabelece que branco e cítrico serão as cores do verão, esquecendo que grande parte do planeta não está nem aí para essas prescrições.

          "A Liderança no século XXI será muito mais um atitude de coordenar equipes, que serão líderes delas mesmas, bla, bla e bla ..."

LIDERANÇA NÃO É UMA TÉCNICA GENÉRICA

          No entanto, Liderança é um termo muito amplo para ser definido de forma única.  Por exemplo, quando se busca o tipo de ensino que mais se adequa às crianças, percebe-se que, de fato, isso não existe de forma absoluta. Cada caso é um caso. Há crianças que precisam ser dirigidas, há outras que precisam ter mais liberdade. Ou seja, não há um único tipo de escola que seja melhor para todas as crianças.

           De forma similar, não se pode comparar o desafio de comandar uma mercearia com o desafio de liderar uma multinacional. Também não se pode comparar o desafio de liderar um setor de uma empresa com o desafio de liderá-la toda. Um galpão de trabalho semi-escravo da China é muito diferente de uma moderna empresa de consultoria, em termos de requisitos de liderança.

OS CONCEITOS BÁSICOS DE LIDERANÇA JÁ ESTÃO CONSOLIDADOS

          Mesmo quando o conceito de liderança fica restrito a grandes líderes de empresas globais, deve-se lembrar que os  requisitos básicos de  uma boa liderança já foram estabelecidos há muitos e muitos anos e não estão se modificando, nem para o século XXI. Sem se estender em detalhes, qualquer um sabe que se obtém muito mais das pessoas a partir de uma liderança humanizada. Tratar bem, influenciar, valorizar, ouvir, não ser dono da verdade, dar perspectivas, treinar, orientar, etc; são pontos positivos e continuarão sendo!

         Mesmo quando se refere a muitos das tradicionais qualidades, é preciso lembrar que pessoas não são perfeitas e dificilmente é possível reunir em uma só pessoa todas as qualidades de um líder. Assim, muitas vezes o líder precisa ter perto de si pessoas complementares, para que a liderança fique mais efetiva.

CHEFE QUE GRITA AINDA NÃO É A EXCEÇÃO

         Há quem ache que de tanto a mídia execrar o chefe tradicional, que grita, esbraveja, humilha,  ele estaria em processo de extinção. Infelizmente, esse não é bem o caso.  Esse tipo continua muito mais comum, do que os livros, artigos e palestras nos fazem crer.

A MÍDIA TRANFORMA OS LÍDERES EM SUPER-HOMENS

         Para finalizar, é bom lembrar que a mídia exagera demais a importância dos líderes, fazendo deles, por vezes, super-homens, que transportam a empresa nos braços como se fosse uma mocinha indefesa. O mercado, os concorrentes, o próprio acaso, o corpo de funcionários, a imagem da empresa, tudo isso  exerce uma influência muito grande sobre o rumo de uma empresa, independente do papel do líder.

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